Superando os desafios da socialização (2 dicas)

Introvertidos desejam conexão. Como equilibrar isso com a necessidade de tempo sozinhos e com a dificuldade em lidar com o modelo vigente de socialização?

Os introvertidos desejam amor e conexão, e precisam equilibrar isso com a sua necessidade de tempo sozinhos, e com a sua dificuldade em lidar com o modelo de socialização vigente, que é extrovertido. Ao contrário do que se pensa, eles não odeiam pessoas. Na maioria das vezes eles adoram as pessoas. Só apenas não tiram lá muito prazer das conversas superficiais nos eventos de socialização.

Essa questão pode parecer um pouco confusa, segundo a escritora do livro “As Vantagens de Ser Introvertido”, Marti Olsen Laney: “quando se lê acerca daquilo que faz o convívio social parecer tão difícil aos introvertidos, não é difícil de perceber porque é que a grande maioria das pessoas, incluindo a maioria dos introvertidos, confunde introversão com timidez”.

Dependendo do ambiente e circunstâncias – como numa roda de pessoas com muitos extrovertidos a falar sem parar – um introvertido pode se sentir deslocado ou totalmente ignorado (eu me senti, e ainda me sinto, muitas vezes assim). Mas, nada impede que um introvertido que deseja interagir o faça à sua maneira – mesmo neste ambiente aparentemente tão hostil.

Muitos introvertidos podem até não gostar destes ambientes e por isso tendem a evitá-los – o que não é recomendável (saiba mais sobre isso clicando aqui!). Mas há os que desejam interagir e não o fazem muitas vezes sentirem incomodados com o acanhamento natural que é parte da natureza introvertida – mais em uns do que em outros.

Os introvertidos podem ser estimulados por conversas um-para-um acerca de temas dos seus interesses e são excelentes ouvintes. A questão talvez seja como criar as condições para transformar uma conversa circunstancial em algo mais substancial. Como quebrar o gelo e vencer o desconforto inicial de uma conversa com um estranho?

Para alguns introvertidos, socializar pode ser um desafio a ser vencido. Então aqui vão duas dicas:

1 – Ignore a ideia de que você tem que ser extrovertido e gregário para se conectar com os outros e fazer amigos

Carisma é a habilidade de chamar para si a atenção das pessoas. E como um introvertido você tem tudo que precisa para ser cativante. Você não precisa extrapolar a sua zona de conforto para criar conexão. Apenas abrir-se um pouco e permitir que as pessoas vejam quem você realmente é.

Você não precisa virar uma caricatura de extrovertido e muito menos uma mariposa social ou extremo extrovertido para poder conectar com outras pessoas. Talvez um dos maiores desafios do introvertido seja desfazer o equívoco de que ele tenha que ser diferente daquilo que ele é. Introvertidos podem criar conexões do seu jeito.

Um pequeno estalo, uns pequenos ajustes e isso pode criar as pequenas mudanças para que você crie as conexões que tanto deseja. Pequenas mudanças conduzem a grandes transformações.

 – Foco na presença

As pessoas tendem a focar muito no que é dito durante uma conversa. Mas as palavras não são a única coisa que podem transformar uma conversa ou uma interação. Existem muitos outros fatores e a presença é uma delas. E isso tem muito mais impacto do que o que você diz.

Quanto mais introvertido você for mais você tenderá a se menter na sua mente durante a conversa. Você talvez fique preocupado sobre o que dizer a seguir ou sobre o que a outra pessoa está a pensar sobre você.

Faça o seguinte exercício: durante 30 segundos respire profundamente e repita mentalmente a seguinte frase: EU ESTOU AQUI E AGORA.

Essas são pequenas dicas – talvez até muito simples. Mas lembre-se de que as grandes mudanças provém das pequenas práticas feitas consistentemente.

Superando os desafios da socialização

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