Eu tendo a pensar muito em como as coisas podem dar errado
Os pensamentos catastróficos podem ser companheiros indesejados dos introvertidos. Como podemos lidar com eles?
Primeiro, lembre-se de que a maioria das coisas com que nos preocupamos nunca chegará a acontecer. Porém, nem mesmo este pensamento racional por si só é suficiente para impedir que pensamentos ruminativos se instalem na nossas mentes.
Existem apenas duas coisas que você pode realmente controlar – seus pensamentos e seu comportamento. Ninguém mais pode escolher um desses para você. Mas, às vezes, pensamentos intrusivos sobre eventos indesejados podem inundar sua mente e podem parecer que seus pensamentos estão controlando você.
No livro Introvert Advantage, Marti Olsen Laney descreve um estudo que encontrou uma diferença no fluxo sanguíneo cerebral entre extrovertidos e introvertidos. Quando indivíduos extrovertidos eram instruídos a permanecer quietos de olhos fechados, o sangue fluía para áreas onde ocorre o processamento sensorial “visual, auditivo, táctil e paladar (excluindo o olfato).” Enquanto isso, o sangue dos introvertidos “fluía para as partes do cérebro envolvidas com experiências internas como lembrar, resolver problemas e planejar”. Não há nada de errado com qualquer estado padrão, e esse mundo certamente precisa de pessoas que gravitam naturalmente para o lado do lembrar e planejar. No entanto, esses estados padrão também podem ser armadilhas. Quando alguém só faz o que vem naturalmente, há pouco espaço para crescimento.
Por que nós ruminamos coisas negativas?
- Às vezes, estamos tentando descobrir uma solução para um problema.
- Às vezes, estamos esperando algo dar errado e tentando evitar um desfecho desfavorável.
- Às vezes, uma parte do nosso cérebro não está funcionando corretamente e um conjunto de neurônios fica preso disparando uma e outra vez.
- Às vezes é apenas um mau hábito.
O problema com a ruminação é que na maioria das vezes você está focado em coisas que dão errado, em vez de como gerar as soluções para resolver a situação e fazer as coisas darem certo. Se seu chefe ficou bravo com você, você pode estar pensando no que fez e se preocupando que, se fizer isso de novo, pode haver sérias consequências, como perder o emprego. Você pode repetir a cena com seu chefe repetidamente em sua cabeça, ou se preocupar excessivamente sobre o que aconteceria se o pior cenário acontecesse. Esse tipo de pensamento ativa sua resposta de luta ou fuga que, na verdade, desliga seu processo criativo de pensamento para solução de problemas. A fim de encontrar a resolução que permitirá que você solte o problema, você precisa se desvencilhar do padrão de pensamento ruminativo.
O que pode ser feito para parar de ruminar? Aqui estão algumas dicas que podem ajudar.
Identifique o pensamento ou medo.
Qual é o seu maior medo? Talvez você tenha medo de ser demitido ou parecer tolo na frente dos outros. O Escrever estes pensamentos ou manter um registro diário pode ser uma ótima maneira de esclarecer o medo subjacente. Sempre que se encontrar fazendo previsões catastróficas do tipo “e se …”, pegue papel e caneta e escreva de forma clara qual é o seu medo naquela circunstância. Como já dito aqui em outro artigo, a escrita é uma excelente ferramenta para lidarmos com emoções negativas. Que tal experimentar?
Pense no pior cenário possível (e também na solução para ele).
Isso pode soar como uma sugestão horrível, mas muitas vezes podemos lidar com o pior cenário possível, o que tira o poder do pensamento original. Faça a si mesmo duas perguntas:
- Qual é a pior coisa que pode acontecer?
- Posso lidar com isso?
Muito provavelmente, a resposta é sim. Os seres humanos são muito resistentes. Lembre-se, às vezes, nossas maiores dificuldades podem se transformar em nossas maiores experiências de crescimento. Você pode pensar sobre quantas outras vezes já superou situações com as quais achava que não conseguiria lidar. Quantas lições você não retirou de experiências que lhe pareciam assustadoras só de imaginar.
E você costuma se afundar em pensamentos catastróficos? Já desenvolveu estratégias próprias para lidar com os seus? Se sim, partilha aqui comigo!
Vejo você em breve!
Marta Leite
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Eu sou Marta Leite, mãe, esposa, Humanistic Professional Coach – IHCOS®, CEO fundadora do site Introvertidamente. Sou uma introvertida intuitiva de Carl Jung, uma INFJ da tipologia Myers Briggs Type Indicator®, ou MBTI®. Sou certificada no Indicador de Preferências Psicológicas Instrumento MBTI® Step I™ e MBTI® Step II Myers Briggs Type Indicator®. O objetivo do meu trabalho é transformar a vida das pessoas através do autoconhecimento. Ajudando as pessoas – as de tipo de preferência de personalidade introvertida principalmente – a desenvolverem os seus potenciais e a se sentirem confiantes.