Tímido, introvertido, ambos ou nenhum? O que isso importa?
Muito embora todos achem que tímido, introvertido, assim como timidez e introversão possuem o mesmo significado, a verdade é que elas não são!
Você é tímido, introvertido, ambos ou nenhum? Para começar a perceber a confusão que se faz em torno destes dois termos, aqui vai um exemplo muito conhecido. Bill Gates é uma pessoa introvertida, mas não é tímido. A cantora Barbra Streisand é tida como extrovertida, mas luta com um caso paralisante de medo do palco: ela é uma pessoa extrovertida tímida. Estes dois casos bastante conhecidos, inclusive, nos mostram claramente que introversão não tem relação direta com timidez. A timidez é o medo do julgamento negativo, e introversão é uma preferência por ambientes tranquilos, minimamente estimulantes.
Mas, se a timidez e a introversão são tão diferentes, por que nós muitas vezes fazemos essa associação, especialmente na mídia popular? Em que momento a introversão e a timidez se sobrepõem?
Segundo Susan Cain – a escritora do best seller do New York Times: Silêncio, O poder dos introvertidos em um mundo que não para de falar, e líder do projeto The Quiet Revolution, cujo objetivo é levar o mundo a enxergar através da perspectiva dos introvertidos – “há um viés compartilhado em nossa sociedade contra ambas as características. O estado mental de uma pessoa extrovertida tímida sentada calmamente em uma reunião de negócios pode ser muito diferente do de um introvertido. A pessoa extrovertida tímida tem medo de falar, enquanto o introvertido simplesmente sente-se super estimulado. Mas, para o mundo exterior, os dois parecem ser o mesmo. E nenhum dos tipos é bem-vindo. Estudos mostram que nós classificamos faladores rápidos e frequentes como mais competentes, simpáticos, e até mesmo mais espertos do que os lentos.
Susan ainda acrescenta que a filosofia e a antropologia têm – ao longo da história – associado timidez a introversão. Mantendo uma noção velha, generalizada e persistente que coloca o homem de ação, prático, realista ou sociável em oposição ao pensador, sonhador, idealista ou tímido. Neste aspecto fica claro que se trata das definições associadas aos extrovertidos e introvertidos.
Então, com uma cultura tão enraizada apontando para evidências sempre na mesma direção, estariam todas elas equivocadas?
Segundo Susan, não. Psicólogos descobriram que a timidez e introversão se sobrepõem (o que significa que muitas pessoas tímidas são introvertidos, e vice-versa), embora o debate seja em que grau. Há várias razões para essa sobreposição. Por um lado, algumas pessoas nascem com temperamentos “altamente-reativos” que os predispõem a ambos: timidez e introversão. Além disso, uma pessoa tímida pode tornar-se mais introvertido ao longo do tempo; uma vez que a vida social é dolorosa, ela está motivada para descobrir os prazeres da solidão e outros ambientes minimamente sociais. E um introvertido pode tornar-se tímido depois de receber continuamente a mensagem de que há algo errado com ele.
Porém, a timidez e introversão não se sobrepõem completamente, ou mesmo predominantemente. O tema é ainda bastante discutido e também bastante complexo. O que os põe, sem sombra de dúvidas, na maior parte do tempo sob a mesma perspectiva é – como deu a entender, Susan – o simples fato de que as características comportamentais. Tanto o tímido, introvertido ou o tímido e introvertido são o avesso daquilo que é cultuado, exigido e tido como adequado pela sociedade: a atitude extrovertida.
E você é tímido, introvertido ou ambos e o quanto isso afeta a sua vida?
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Referências: Are You Shy, Introverted, Both, or Neither (and Why Does It Matter)? – By Susan Cain
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Eu sou Marta Leite, mãe, esposa, Humanistic Professional Coach – IHCOS®, CEO fundadora do site Introvertidamente. Sou uma introvertida intuitiva de Carl Jung, uma INFJ da tipologia Myers Briggs Type Indicator®, ou MBTI®. Sou certificada no Indicador de Preferências Psicológicas Instrumento MBTI® Step I™ e MBTI® Step II Myers Briggs Type Indicator®. O objetivo do meu trabalho é transformar a vida das pessoas através do autoconhecimento. Ajudando as pessoas – as de tipo de preferência de personalidade introvertida principalmente – a desenvolverem os seus potenciais e a se sentirem confiantes.