Introvertido tímido? Melhore socialmente (5 dicas)
Para um introvertido tímido a socialização é uma das maiores dificuldades. Mas, como qualquer outra habilidade, a socialização pode ser treinada. Saiba como!
Introvertido tímido? Melhore socialmente — essa pode ser a resposta para quem sente dificuldade nas interações do dia a dia. Para um introvertido tímido, socializar é, sem dúvidas, uma das maiores questões. A boa notícia é que, assim como muitas outras habilidades, a socialização pode ser treinada e aprimorada. Esse treino ajuda a reduzir a timidez, desenvolver habilidades sociais e, se desejar, tornar-se mais extrovertido.
É importante destacar, porém, que tornar-se mais extrovertido não significa deixar de ser introvertido. Aqui, o objetivo é apenas aprender habilidades que, para os extrovertidos, costumam ser naturais — sempre respeitando seu ritmo e personalidade.
“Estar preparado é a metade da vitória.” —Miguel de Cervantes
Aqui estão algumas sugestões:
1. Visualize o tipo de pessoa extrovertida que você gostaria de ser.
Qual a sua visão sobre ser uma pessoa extrovertida? Que resultado seria o ideal para si? Se você se sente muito introvertido e quer ser mais extrovertido, comece a trabalhar na sua visão do seu resultado. As chances são de que, se você estiver fazendo pouco progresso nesta área, você tem uma visão um tanto negativa de extrovertidos.
Durante um tempo eu achei os extrovertidos muito tipo maria-vai-com-as-outras(sem opinião própria) e excessivamente dependentes de amizade. Eu julgava isso como sendo falta de personalidade. E, é claro, que eu jamais gostaria de ser uma extrovertida “sem personalidade” – justo eu que me considero uma pessoa independente e de opiniões bem próprias. Perceberam o equívoco?
Quando eu mudei essa percepção negativa percebi que mudar de opinião me torna mais flexível e predisposta a aceitar as coisas como elas são – e não como eu acho que devem ser. Passei a ser uma introvertida bem mais flexível.
2. Pense nas relações em termos do que você pode dar, não em termos do que você pode obter.
Se você procurar construir novas relações baseadas na doação recíproca e de recepção, pode acabar tendo falta de amigos. Por isso, é importante identificar as pessoas com quem gostaria de criar um relacionamento e começar oferecendo algo a elas.
Uma das coisas que me ajudou a construir relações ao longo do tempo foi a capacidade de ouvir e o gosto por ajudar os outros — sem esperar nada em troca. Na minha adolescência, eu era conhecida como o “melhor ouvido”, a conselheira da turma.
É claro que uma relação se baseia no gostar e ser gostado, nas afinidades entre as pessoas, e que leva tempo para se consolidar, além de exigir provas de lealdade para sobreviver. Mas, se existe um começo possível, é pensar no que você pode trazer para um relacionamento que seja benéfico para a outra pessoa. Quando descobrir isso — e provavelmente serão muitas coisas diferentes — terá mais facilidade para atrair novos amigos em sua vida.
3. Encontre o grupo social certo para você.
Conscientemente, considere os tipos de pessoas que gostaria de ter como amigos. Não existe regra que diga que esses amigos precisam ser seus pares ou colegas de trabalho. Algumas pessoas preferem amizades com pessoas mais velhas, enquanto outras buscam afinidades que facilitem encontrar assuntos em comum — critérios que podem variar conforme a idade e a fase da vida.
Por valorizar relações mais profundas, costumo cultivar amizades com pessoas que tenham “substância” e interesses em comum, privilegiando a qualidade em vez da quantidade. No entanto, é importante ir além das fronteiras do grupo mais óbvio e não ter receio de conviver com pessoas de diferentes idades, bairros, culturas ou países.
Essa variedade pode trazer enriquecimento e diversão para a vida social, ampliando horizontes e tornando as relações mais diversificadas e interessantes.
4. Atue a partir de seus pontos fortes.
É interessante que um introvertido tímido não tenha qualquer problema em socializar online. Nesse ambiente eles são capazes de atuar a partir de seus pontos fortes. Mas você também pode usar seus pontos fortes conscientemente como alavanca para a socialização face-a-face.
Se você socializar on-line, procure usar essa força para construir novas relações locais. Procure grupos online que tenham uma proposta de socializar face-a-face. Isso pode ser feito por critérios de interesses em comum o que facilita a interação. Há tantas ferramentas disponíveis para isso hoje em dia.
5. Desenvolva suas habilidades sociais conscientemente
Você pode aprender a se tornar melhor na construção de relacionamentos, apresentar-se, manter uma conversa, convidar alguém para sair e sentir-se socialmente confortável em vez de nervoso, entre outras habilidades.
Não é necessário ser superficial ou manipulador para desenvolver essas competências; o importante é construí-las genuinamente, pois isso pode melhorar significativamente a sua vida. Uma abordagem que considero muito eficaz é perguntar à outra pessoa como ela começou no seu atual trabalho — em 80 a 90% das vezes, a resposta começa com algo como: “Bem, essa é uma história interessante…”.
Desenvolver um pequeno conjunto básico de habilidades sociais não exige grandes esforços, especialmente porque você poderá reutilizá-las em diversas situações. Seja qual for a habilidade que deseja aprimorar, uma pesquisa no Google certamente revelará uma abundância de artigos e livros. Lembre-se de que ao evitar socializar, você não apenas se priva, mas também impede que outras pessoas tenham a chance de conhecê-lo. Afinal, quanto tempo deseja que seu futuro cônjuge ou melhor amigo fique sozinho?
Foto de Trung Thanh no Unsplash
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Eu sou Marta Leite, mãe, esposa, Humanistic Professional Coach – IHCOS®, CEO fundadora do site Introvertidamente. Sou uma introvertida intuitiva de Carl Jung, uma INFJ da tipologia Myers Briggs Type Indicator®, ou MBTI®. Sou certificada no Indicador de Preferências Psicológicas Instrumento MBTI® Step I™ e MBTI® Step II Myers Briggs Type Indicator®. O objetivo do meu trabalho é transformar a vida das pessoas através do autoconhecimento. Ajudando as pessoas – as de tipo de preferência de personalidade introvertida principalmente – a desenvolverem os seus potenciais e a se sentirem confiantes.